Lula afirmou que fará o possível para cumprir a meta fiscal, porém, ressaltou que o país não precisa alcançar um resultado primário zero. Segundo ele, o mercado financeiro é ganancioso e cobra uma meta que sabe que não será alcançada. Para o presidente, um déficit de 0,5% ou 0,25% não representa um grande problema.
O novo arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso Nacional em agosto estabelece que a meta de resultado primário para o próximo ano deve ser zero, com uma margem de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já admitiu que será um desafio zerar o déficit e que o governo precisa da parceria do Congresso para alcançar esse objetivo.
Para cumprir a meta, o governo enviou medidas provisórias e projetos de lei ao Congresso com o objetivo de reduzir benefícios fiscais e aumentar a arrecadação. O governo precisa de R$ 128 bilhões no próximo ano para cumprir a meta.
O projeto do Orçamento de 2024 prevê um pequeno superávit primário de R$ 2,84 bilhões, o que corresponde a 0% do PIB.
Apesar dos desafios, o presidente Lula está otimista em relação à economia. Ele espera um crescimento do PIB em 3% ou mais em 2023 e afirma que o governo está trabalhando para minimizar os impactos negativos que a economia mundial pode causar em 2024.
Lula ressalta as potencialidades da energia verde no Brasil e acredita que o país pode atrair investimentos nesse setor, gerando empregos e impulsionando a economia. Ele delegou ao vice-presidente Geraldo Alckmin e ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, a tarefa de promover os programas de infraestrutura do governo, conhecidos como PAC, tanto no Brasil quanto no exterior.
O presidente acredita que o Brasil é um novo local de oportunidades para investidores e está confiante de que poderá enfrentar os desafios econômicos com sucesso.