Com a nomeação de seis vice-presidentes mulheres, das doze vagas disponíveis, Serrano tem dado espaço para que mais mulheres ocupem posições de liderança dentro do banco estatal. Essa iniciativa está alinhada com o discurso e ações do ex-presidente Lula, que sempre defendeu a necessidade de ampliar a representatividade feminina em todos os setores da sociedade.
No entanto, suas críticas à atual política de taxa de juros alta têm chamado a atenção. Segundo Serrano, essa medida tem impactado negativamente a vida dos brasileiros, principalmente os mais vulneráveis. Ela afirma que é necessário buscar alternativas para reduzir os juros e incentivar o crescimento econômico, em vez de manter uma política que acaba beneficiando apenas uma parcela da população.
Essas declarações se alinham com a postura de Lula, que também tem criticado a atual política econômica do governo. O ex-presidente argumenta que é preciso promover uma política de crescimento inclusivo, que leve em consideração as necessidades e os direitos de todos os cidadãos, e não apenas dos mais ricos.
No entanto, apesar do apoio público de Serrano a Lula, é importante ressaltar que ela é a presidente de um banco estatal e deve agir de acordo com os interesses da instituição. Sua posição política não pode interferir nas políticas e decisões tomadas pelo banco, que devem ser pautadas por critérios técnicos e de transparência.
Em meio a um cenário de polarização política, é natural que qualquer posicionamento de autoridades ou figuras públicas seja interpretado com viés político. No entanto, é fundamental separar a atuação política da atuação profissional de cada indivíduo.
Portanto, a atuação de Maria Rita Serrano à frente da Caixa Econômica Federal deve ser avaliada não apenas com base em suas declarações políticas, mas também com base em seu desempenho na gestão do banco e nos resultados alcançados. Afinal, seu papel como presidente é garantir a eficiência e a transparência das operações da instituição, promovendo o acesso ao crédito e o desenvolvimento econômico do país.