Lula afirma: compra de armas é feita por crime organizado e pessoas que não têm boas intenções.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar no último dia 14, segunda-feira, o porte de armas e classificou aqueles que as compram como associados ao crime organizado ou como pessoas que não têm intenções benéficas para ninguém. Durante sua live semanal, intitulada “Conversa com o presidente”, Lula expressou sua opinião sobre o assunto e reforçou que considera aqueles que carregam armas como covardes.

Em seu discurso, Lula afirmou: “Tá cheio de primo que não conversa mais com primo. Que estupidez é essa? A gente não era assim, Brasil não era assim. Depois que apareceu alguém querendo armar o povo brasileiro. Quem é que quer comprar arma? Crime organizado e algumas pessoas que não querem fazer bem a ninguém”.

O presidente continuou sua crítica, acrescentando que “quem anda armado é um covarde, tem medo. Se você for do bem, você não tem que andar armado. Se alguém ofender, não precisa ofender. Quando um cachorro late para gente, a gente não late para o cachorro”.

No dia 21 de julho, o presidente Lula assinou um decreto que amplia as restrições para a aquisição de armas no país, reduzindo o número limite de armas que uma pessoa pode possuir. Antes, sob a gestão de Jair Bolsonaro, um atirador poderia ter até 60 armas, sendo 30 delas classificadas como de uso restrito das forças de segurança e das Forças Armadas. Agora, o número máximo permitido é de 16 armas, sendo 4 de uso restrito.

Além disso, o decreto estabelece medidas que dificultam a posse de armas pelas pessoas, como a redução do prazo de renovação do registro. Outra mudança importante é a transferência da responsabilidade pela fiscalização dos caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) da guarda do Exército para a Polícia Federal.

Essas mudanças já estavam sendo estudadas pelo governo devido à percepção de que o Exército falhava na fiscalização dos CACs e que haveria um maior controle por parte da Polícia Federal.

Durante sua live, o presidente Lula também abordou o tema da violência policial, especialmente mencionando o caso de uma criança de 5 anos morta por uma bala perdida durante uma ação policial no Rio de Janeiro. Lula expressou sua preocupação com a necessidade de uma polícia preparada e inteligente, que não atire aleatoriamente.

“Que bala perdida é essa? Alguém atirou para aquele lado, porque senão a bala não se perderia, ela foi atirada para aquele lado com o intuito de atingir alguém e acabou atingindo uma criança de 5 anos de idade. Até onde vamos chegar com esse tipo de comportamento violento e, muitas vezes, é a própria polícia que dispara os tiros”, afirmou o presidente.

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