Gabi não utiliza comunicação verbal e tem os movimentos comprometidos, mas isso não o impede de fazer cálculos mentais incríveis. Ele não usa papel, caneta ou calculadora para fazer suas contas, mas mesmo assim consegue resolver problemas matemáticos com maestria. Sua habilidade chamou a atenção de seus amigos de sala, que o apoiam de diversas maneiras, e também de sua professora, que o assiste nas tarefas de classe.
Uma história que chama a atenção é o momento em que Gabi se recusou a apontar o resultado de uma conta para a professora em uma prova. Após investigar mais a fundo, a professora percebeu que a recusa se deu porque nenhuma alternativa oferecida estava correta. Esse episódio mostra o quanto é importante compreender as formas múltiplas de interação com o mundo e estar aberto a elas.
A inclusão escolar tem desempenhado um papel fundamental na vida de Gabi. Ele é visto em sua completude, com todo o amor e suporte de sua família, amigos e professores. Sua turma até mesmo criou uma “parede de escalada” adaptada para que ele pudesse participar das brincadeiras como todos os outros alunos. Essa atitude simples, mas significativa, mostra como as diferenças reagem positivamente quando são vistas e valorizadas.
No entanto, a família ainda enfrenta desafios em relação à acessibilidade e ao suporte tecnológico necessários para transportar Gabi até a Tailândia, onde a etapa mundial da competição será realizada individualmente. Apesar das dificuldades, a família está determinada a encontrar soluções para que Gabi possa participar do campeonato.
O impacto dessa conquista vai além das premiações. Gabi e sua comunidade estão radiantes de alegria e sentem uma sensação de realização. Essa vitória também mostra que a matemática pode levar Gabi para lugares distantes e brilhantes.
O caso de Gabi é uma lembrança de que todos nós devemos buscar entender e valorizar as diferenças, dando oportunidades para que todos os indivíduos possam alcançar seu potencial máximo. Precisamos construir um mundo menos estigmatizado, onde todos tenham as mesmas oportunidades de desenvolver suas habilidades, expressar suas emoções e amar. Que a história de Gabi ilumine o caminho para soluções inclusivas e para a formação de pessoas melhores.
