De acordo com a GM, a decisão foi motivada pela necessidade de ajustes, uma vez que a empresa ocupa atualmente a terceira posição no mercado brasileiro, com uma participação de 14,9%. A Volkswagen está em segundo lugar, com 15,9%, enquanto a Fiat lidera o mercado, com 23%.
A demissão dos funcionários foi precedida por outras tentativas de ajustes por parte da empresa, como suspensão temporária de contratos de trabalho, férias coletivas e proposta de abertura de um programa de demissões voluntárias. No entanto, todas essas medidas foram rejeitadas pelos trabalhadores.
A GM não divulgou o número exato de trabalhadores demitidos, mas a empresa ressaltou que a decisão é necessária para garantir a agilidade das suas operações e assegurar sustentabilidade para o futuro.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, conhecido como Cidão, expressou preocupação com a decisão da GM e pretende pedir a suspensão das demissões e iniciar negociações. Cidão convocou os trabalhadores notificados a comparecerem na sede do sindicato para criar uma lista dos afetados e discutir possíveis ações de protesto, como uma greve.
A tensão entre a empresa e o sindicato é evidente nesse momento, e a situação dos trabalhadores demitidos deve ser definida nos próximos dias. A GM, por sua vez, reitera que a decisão é necessária para garantir a sustentabilidade da empresa no cenário atual.
Esse é mais um reflexo da crise econômica que afeta o país, especialmente o setor automotivo. Ao mesmo tempo em que a economia dá sinais de recuperação, as empresas ainda enfrentam desafios para se manterem competitivas no mercado. Resta agora aguardar os desdobramentos dessa situação e torcer para que os trabalhadores encontrem alternativas para suas carreiras.