Abed Wadi, um dos moradores de Qusra, recebeu essa mensagem quando se arrumava para o funeral. Ele desligou o telefone e continuou a se vestir, determinado a não ser intimidado por essas ameaças. No entanto, algumas horas depois, durante o cortejo fúnebre, colonos israelenses radicais invadiram o local e mataram seu irmão e seu sobrinho a tiros. Esse trágico incidente gerou um aumento na violência na região.
A semana seguinte ao ataque do Hamas foi a mais mortal para os palestinos na Cisjordânia desde 2005, com pelo menos 75 palestinos mortos pelos militares ou colonos israelenses. Incidentes de violência envolvendo colonos aumentaram de uma média de três para oito por dia. Organizações de direitos humanos relataram que os colonos estão aproveitando a atenção internacional voltada para Gaza para invadir as vilas palestinas, expulsando e até mesmo matando civis palestinos.
Essa onda de violência tem gerado medo e instabilidade entre os moradores de Qusra. O temor é tão grande que muitos agricultores não estão indo colher suas azeitonas, uma fonte importante de renda, devido ao risco de ataques dos colonos israelenses. As comunidades palestinas estão enfrentando intimidações e deslocamentos forçados, sendo obrigadas a abandonar suas terras e casas.
Enquanto a atenção do mundo está voltada para Gaza, a situação na Cisjordânia continua se deteriorando. A comunidade internacional precisa se envolver para garantir a segurança dos moradores de Qusra e de outras vilas palestinas que estão enfrentando esse preocupante aumento da violência por parte dos colonos israelenses. É fundamental que a paz seja buscada e que a justiça prevaleça nessa região tão assolada por conflitos.