Nesta segunda-feira (16), a Defesa Civil confirmou as últimas duas mortes. As vítimas são dois homens: um deles faleceu após sofrer um choque elétrico enquanto tentava remover um aparelho de ar condicionado de uma residência, em Três Barras; o outro foi eletrocutado enquanto lidava com o gado a cavalo, em Calmon.
A situação é ainda mais grave considerando o número de desabrigados. Segundo o Grupo de Ações Coordenadas, mais de 24 mil pessoas estão desabrigadas no estado. Para abrigá-las, foram disponibilizados 179 abrigos em 78 cidades.
Os temporais, acompanhados de raios, vendavais e queda de granizo, continuam a atingir Santa Catarina nesta terça-feira (17), segundo previsão da Defesa Civil. Ainda são esperados riscos de quedas de árvores, destelhamentos, danos à rede elétrica, alagamentos, enxurradas, inundações e deslizamentos.
A situação climática desfavorável é resultado do fluxo de calor e umidade da região amazônica, além de áreas de baixa pressão em diferentes níveis da atmosfera e a formação de uma frente fria no oceano.
Desde o início do mês, 145 municípios de Santa Catarina registraram ocorrências relacionadas às chuvas. Nos últimos dois dias, foram realizados 121 atendimentos em 40 cidades, com a participação de 228 bombeiros. No total, desde o dia 3 de outubro, foram realizados 818 atendimentos e 1.423 bombeiros foram mobilizados.
Diante da gravidade da situação, o governo de Santa Catarina anunciou um investimento de R$ 4,6 milhões para a compra de cestas básicas, água, colchões, kits com roupas de cama, kits de higiene, kits de limpeza e telhas.
Além das mortes e desalojados, as enchentes também tiveram impactos em eventos da região. A Oktoberfest em Blumenau, por exemplo, foi suspensa de forma preventiva devido ao risco de alagamentos na cidade.
A situação em Santa Catarina é alarmante e exige uma resposta rápida e eficiente das autoridades competentes. É fundamental que medidas de segurança sejam tomadas para proteger a população e minimizar os impactos causados pelas chuvas.