Seca severa transforma paisagem dos rios Negro e Solimões na Amazônia

A seca severa que atingiu o estado do Amazonas nas últimas semanas transformou a paisagem dos rios Negro e Solimões, dois dos mais importantes da região amazônica.

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o rio Negro atingiu nesta segunda-feira (16) seu nível mais baixo em 120 anos de medição em Manaus. Essa marca quebrou o recorde negativo de 2010 e coloca a seca de 2023 como a mais grave dos últimos tempos nesse ponto da Amazônia.

Já o Solimões, veia central do bioma, virou um deserto na região de Tefé (AM). Enormes bancos de areia ocupam agora o local que antes era de um rio caudaloso.

Imagens comparativas mostram o antes e depois da seca nos rios Negro e Solimões. Em 2022, as águas do rio Solimões chegavam à Terra Indígena Porto Praia, na região do Médio Solimões; no entanto, um ano depois, o leito está seco.

Casas flutuantes que antes navegavam pelo rio Solimões agora estão encalhadas em frente à cidade de Tefé.

Outra imagem mostra a marina do Davi, em Manaus, antes e depois da seca no rio Negro. Em junho de 2021, o local estava em período de cheia histórica, enquanto nesta segunda-feira (16), está tomado pela seca recorde.

A seca severa tem afetado não apenas o ecossistema da região, mas também as comunidades que dependem dos rios para sua subsistência. Indígenas têm adoecido ao consumir água contaminada pelo leito seco do rio Solimões.

A situação é preocupante e exige medidas urgentes para minimizar os impactos da seca na região amazônica. A falta de chuvas tem prolongado a estiagem, tornando ainda mais crítica a situação dos rios Negro e Solimões.

O recorde de baixa do rio Negro em Manaus ressalta a gravidade da situação e serve como um alerta para a importância de preservarmos e cuidarmos dos nossos rios e do meio ambiente como um todo.

A seca na Amazônia é mais uma evidência dos efeitos das mudanças climáticas e reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para a preservação ambiental e combate ao desmatamento na região. O desmatamento, aliado à falta de chuvas, agrava a situação da seca na Amazônia.

As imagens comparativas dos rios Negro e Solimões antes e depois da seca são um alerta visual para a urgência de ações que garantam a preservação dos rios e do ecossistema amazônico como um todo. A seca severa é um lembrete do quanto somos dependentes da natureza e do quão frágil é o equilíbrio ambiental.

É preciso que governantes, organizações não governamentais e a sociedade em geral se mobilizem para proteger a Amazônia e suas riquezas naturais, garantindo assim a sobrevivência não apenas dos rios Negro e Solimões, mas de toda a região e suas comunidades.

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