Ministro das Relações Exteriores brasileiro viaja a Nova York para reunião emergencial da ONU sobre conflito Israel-Palestina.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está a caminho de Nova York, nos Estados Unidos (EUA), para participar pessoalmente da reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que vai discutir a situação do conflito entre Israel e Palestina, que chegou ao quinto dia nesta quarta-feira (11). A reunião está marcada para esta sexta-feira (13).

Vieira, que estava cumprindo agenda oficial no Camboja, adiou sua viagem às Filipinas para comparecer à reunião de emergência. O Brasil, que preside o Conselho de Segurança ao longo deste mês de outubro, tem a prerrogativa de convocar reuniões do colegiado. Por se tratar de um tema de grande relevância internacional, o ministro decidiu se fazer presente para representar o país nessa discussão crucial.

Essa será a segunda reunião do Conselho de Segurança destinada a debater o conflito entre Israel e Palestina. Na primeira reunião, ocorrida no último fim de semana, o colegiado optou por manter as portas fechadas e não emitiu nenhuma declaração. O embaixador Sergio Danese, representante do Brasil na ONU, foi quem marcou presença em nome do país.

Em nota divulgada no fim de semana, o Palácio do Itamaraty reiterou o compromisso do Brasil com a solução de dois Estados, no qual Israel e Palestina possam conviver em paz e segurança, respeitando-se as fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Essa posição busca promover uma solução pacífica e justa para o conflito.

Nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou sobre o assunto. Em um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional, Lula pediu a proteção das crianças palestinas e israelenses nesse cenário de violência e instabilidade.

A situação atual é preocupante, uma vez que Israel reforçou os bombardeios contra a Faixa de Gaza nos últimos dias e agora planeja uma ocupação terrestre da região. Essa ação pode aumentar o número de vítimas civis e agravar ainda mais o conflito.

De acordo com a Embaixada de Israel em Washington, os ataques do Hamas no fim de semana resultaram em mais de mil mortes, a maioria delas civis. Mulheres, crianças e idosos estão entre as vítimas, que foram atingidas em suas casas, nas ruas e até mesmo durante uma festa ao ar livre.

Já o Ministério da Saúde de Gaza relatou que os ataques aéreos retaliatórios de Israel causaram pelo menos 830 mortes e mais de 4,3 mil feridos até esta terça-feira. Além disso, mais de 180 mil habitantes de Gaza perderam suas casas e estão abrigados em escolas e nas ruas. Infelizmente, também houve baixas entre os funcionários da ONU, com pelo menos 11 deles perdendo a vida em decorrência dos ataques israelenses.

Diante dessa crise humanitária e da escalada da violência, é urgente que a comunidade internacional se una em busca de uma solução pacífica e duradoura para o conflito entre Israel e Palestina. A reunião do Conselho de Segurança na próxima sexta-feira é uma oportunidade chave para que a diplomacia e o diálogo prevaleçam e se encontre uma saída para essa situação trágica.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo