Nascido e criado no bairro da Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, Fábio sofreu um acidente que o deixou tetraplégico enquanto auxiliava no transporte de um carro alegórico durante o carnaval, em 2013. Após o acidente, ele decidiu se tornar um atleta paralímpico e encontrou no tiro esportivo uma nova oportunidade de vida.
Ao praticar o tiro esportivo, Fábio sente que sua integração social aumentou e está se adaptando a esse novo mundo com determinação e foco. Seu objetivo é evoluir como atleta e chegar até a Seleção Brasileira para competir nas Paralimpíadas.
A Competição de Tiro Esportivo das Paralimpíadas Militares 2023 aconteceu nesta quinta (5) e sexta-feira (6), na Escola de Educação Física da Polícia Militar do Estado de São Paulo (EEF). O evento contou com a participação de 25 paratletas representando diversas instituições militares e policiais, como a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira, as Polícias Militares dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, além do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e da Guarda Civil Metropolitana de Foz do Iguaçu.
A escolha da EEF como sede da competição se deu pela estrutura do local, que oferece acessibilidade a todas as pessoas. Além disso, o estande de tiro proporciona acústica adequada e proteção necessária para a prática esportiva.
Para a Polícia Militar, o evento é importante para mostrar aos policiais militares que o esporte é para todos, inclusive para aqueles que possuem algum tipo de limitação física. A capitão Hérika Viana Costa, chefe da seção de finanças da EEF e porta-voz do comandante da Escola, ressalta que o esporte possibilita que esses policiais continuem representando seu estado e sua instituição.
A EEF é responsável pelo treinamento físico e técnico-operacional dos policiais, oferecendo cursos de força tática, tiro defensivo na preservação da vida, defesa pessoal policial e estágio de policiamento com bicicletas. A escola forma policiais que são responsáveis por disseminar o conhecimento nas unidades do estado.
A competição de tiro esportivo das Paralimpíadas Militares é uma iniciativa que visa promover o crescimento dessa modalidade esportiva e proporcionar aos atletas militares uma chance de integrar a equipe brasileira. James Walter, coordenador técnico de tiro esportivo do Comitê Paralímpico Brasileiro, destaca a importância desse evento e o objetivo de fazer com que os atletas possam representar o país em competições nacionais e internacionais.
Fábio Augusto Irapuãm Casitas é um exemplo de superação e determinação, mostrando que, mesmo diante de desafios, é possível reinventar-se e alcançar grandes conquistas no esporte. Sua história inspiradora serve como motivação para todos que enfrentam dificuldades, mostrando que é possível encontrar novas oportunidades e construir uma vida plena após um acidente. O esporte tem o poder de transformar vidas e Fábio é a prova viva disso.