Diego e outros dois colegas de profissão foram mortos a tiros em um ataque que também deixou um ferido. O incidente ocorreu na madrugada de quinta-feira (5) em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Após o enterro do irmão, em Presidente Prudente (SP), a parlamentar afirmou que pretende usar sua posição de deputada para combater a violência promovida por um “poder paralelo muito profundo e estruturado no país”. No Rio de Janeiro, a situação de segurança é agravada pelo enfrentamento entre traficantes e milicianos.
Nas redes sociais, Sâmia revelou que Diego a encorajava a lutar por justiça usando sua voz. Ela enfatizou a importância dessa batalha, mesmo que gostaria de não precisar enfrentá-la.
O irmão da deputada estava no Rio para participar de um congresso internacional sobre cirurgia minimamente invasiva, que reunia 300 profissionais brasileiros e estrangeiros.
Além de Diego Bomfim, também foram assassinados os médicos Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, e Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos. O único sobrevivente, Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, está hospitalizado.
A suspeita é de que os três médicos tenham sido confundidos com Taillon de Alcantara Pereira Barbosa, de 26 anos, acusado de integrar a milícia de Rio das Pedras. As milícias são grupos criminosos que exploram o comércio local e extorquem moradores por meio de taxas de segurança ilegais.
Na quinta-feira, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), comprometeu-se a dar uma resposta rápida sobre a autoria e a motivação dos assassinatos, em conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Nesse mesmo dia, Castro confirmou que a Polícia Civil considera que os três médicos foram mortos por engano.
É aguardado que as investigações avancem e que a família de Sâmia Bomfim obtenha acesso aos dados do inquérito para buscar justiça e esclarecimentos sobre esse trágico episódio. A luta contra a violência e o combate ao poder paralelo devem continuar sendo pautas prioritárias no país.