O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, destacou a importância do projeto e mencionou que até o momento não houve nenhum óbito nas avenidas que contam com a Faixa Azul. O projeto também foi reconhecido pelo Prêmio Senatran 2022, concedido pela Secretaria Nacional de Trânsito.
A iniciativa de ampliar as faixas azuis engloba duas frentes. A primeira é a prorrogação do prazo para a implantação da faixa azul no corredor Norte-Sul, que terá mais 7 km sinalizados. A segunda frente envolve a implantação do projeto-piloto em oito novos eixos viários da cidade, totalizando mais 64 quilômetros de faixa azul.
Dentre as novas vias contempladas pelo projeto estão a Avenida Sumaré, Avenida das Nações Unidas, Avenida Brigadeiro Faria Lima, Avenidas Zaki Narchi e Luiz Dumont Villares, Avenida Miguel Yunes, Avenida do Estado e Avenida Jacu-Pêssego.
O diretor-presidente do SindimotoSP, Gilberto Almeida, que representa os motociclistas, comemorou a medida e considerou um reconhecimento por parte do poder público. Segundo dados da Prefeitura, existem cerca de 1,3 milhão de motos circulando continuamente pela cidade.
Além disso, a Prefeitura entregou ao Senatran um pedido de autorização para ampliação do projeto-piloto, visando implantar mais 120 quilômetros de faixa azul em vias como a Avenida Santos Dumont e o Elevado Presidente João Goulart, conhecido como Minhocão. O objetivo é consolidar uma rede de 200 quilômetros de Faixa Azul na capital paulista. No entanto, ainda não há previsão para a implementação da faixa exclusiva para motos nas marginais Tietê e Pinheiros.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, também esteve presente no evento e não descartou a possibilidade de levar o projeto para outras cidades. Ele ressaltou a importância de uma análise mais ampla sobre a experiência da Faixa Azul até o fim do próximo ano, visando a possibilidade de adotar a medida em grande escala.
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a faixa azul é uma sinalização de segurança para as motocicletas que busca organizar o espaço compartilhado entre automóveis e motos. A iniciativa tem sido bem recebida pelos motociclistas, com alto índice de utilização nas avenidas onde está presente. Uma pesquisa realizada pela CET apontou que a maioria dos motociclistas considera o projeto benéfico para a mobilidade, assim como a maioria dos motoristas.