Ataque suicida em mesquita durante cerimônia religiosa deixa mais de 50 mortos no Paquistão.

Na última sexta-feira (29), um ataque suicida perto de uma mesquita em Mastung, no Paquistão, resultou na morte de pelo menos 52 pessoas e deixou mais de uma centena de feridos. O incidente ocorreu durante uma cerimônia em homenagem ao nascimento do profeta Maomé. Inicialmente, as autoridades locais haviam informado cerca de 30 mortos, porém, os balanços mais recentes divulgados pela Reuters apontam para um número ainda maior de vítimas.

Diante da gravidade do ocorrido, foi declarado estado de emergência na província do Baluchistão. Até o momento, nenhuma organização reivindicou a autoria do ataque, que acontece em um momento de aumento de atentados orquestrados por grupos militantes no oeste do país, às vésperas das eleições nacionais de janeiro de 2024.

De acordo com o inspetor-geral da polícia local, Munir Ahmed, “o homem acionou o explosivo que levava no corpo perto do veículo do vice-intendente da polícia”. No momento do atentado, várias pessoas estavam se reunindo na mesquita para participar de uma procissão religiosa. Entre as vítimas fatais, está uma alta patente da polícia que estava de serviço e acompanhava a procissão, conforme confirmou Mohammad Javed Lehri, da polícia de Mastung.

A atitude do agressor foi fortemente condenada pelas autoridades do país. O primeiro-ministro interino do Paquistão, Anwar-ul-Haq Kakar, manifestou suas condolências às famílias das vítimas. O ministro do Interior, Sarfraz Bugti, também classificou o ataque como um “ato muito hediondo”.

O Paquistão vem enfrentando uma série de ataques por parte de grupos islâmicos desde o ano passado, após o término do cessar-fogo entre o governo e a organização Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), que reúne diversos grupos islâmicos sunitas. Em julho deste ano, mais de 40 pessoas perderam suas vidas em um atentado suicida durante uma reunião política na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país.

Diante da violência contínua, o governo paquistanês tem buscado tomar medidas para combater os grupos extremistas e garantir a segurança e a paz no país, especialmente em um período tão delicado como o das eleições nacionais que se aproximam. As autoridades estão empenhadas em identificar os responsáveis por esse ataque brutal e levar justiça às vítimas e seus familiares. É fundamental que a população paquistanesa esteja unida para enfrentar esse desafio e se manter firme contra qualquer forma de violência.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo