O bloco 59 da bacia Foz do Amazonas é considerado estratégico pela Petrobras para explorar novas fronteiras e repor a queda da produção no pré-sal. Com possível semelhança com descobertas gigantes nas vizinhas Guiana e Suriname, a empresa busca novas fontes de petróleo com o apoio do governo e manifestações favoráveis do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No entanto, organizações ambientalistas questionam a busca por mais petróleo diante da emergência climática. O parecer do Ibama destacou a biodiversidade marinha e a sensibilidade ambiental dos ecossistemas que seriam impactados, alertando para possíveis consequências às comunidades indígenas locais e potencialização de conflitos no território.
Após receber as respostas da Petrobras, o presidente do Ibama afirmou que fez pedidos de detalhamento, principalmente sobre a localização de uma base de apoio para monitoramento da perfuração em Oiapoque, no Amapá. A empresa ainda está em processo de análise do pedido de reconsideração e aguarda a decisão final do instituto.
Com a construção de uma nova unidade de fauna no Oiapoque, a Petrobras espera obter a licença para a perfuração em águas profundas no Amapá. Enquanto a empresa segue confiante, as preocupações ambientais e o embate entre interesses econômicos e preservação do meio ambiente continuam em evidência nesse caso.