Nesta fase, o Ibama reconheceu avanços no atendimento à fauna em caso de vazamento de petróleo na região, mas considerou que são necessários mais detalhes sobre a integral adequação do plano ao Manual de Boas Práticas de Manejo de Fauna Atingida por Óleo, como a presença de veterinários nas embarcações e o quantitativo de helicópteros para atendimento de emergências.
A Bacia da Foz do Amazonas abrange uma área marítima que vai da fronteira do Amapá com a Guiana Francesa até a Baía do Marajó, no Pará. Nessa região está o bloco FZA-M-59, que é o centro de uma polêmica entre a Petrobras e o Ibama.
Essa bacia faz parte da chamada Margem Equatorial, que engloba mais cinco bacias sedimentares. A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) identificou 41 blocos com potencial de exploração, sendo que 34 já estão sob concessão e nove estão em fase de exploração na Foz do Amazonas, sem descobertas em avaliação.
Os contratos para a exploração de petróleo e gás natural no Brasil são divididos em duas fases: a exploratória, para identificação da viabilidade comercial, e a de produção, para o desenvolvimento de um campo produtivo.
Em relação aos riscos, é ressaltado o histórico de problemas ambientais causados pela Petrobras, como o vazamento de óleo na Baía de Guanabara em 2000. Além disso, em caso de acidente no bloco FZA-M-59, o tempo de deslocamento da embarcação rápida até Belém, onde a Petrobras mantém estrutura de remediação, pode variar de 22 a 31 horas, ultrapassando as 10 horas necessárias para que o petróleo alcance águas jurisdicionais brasileiras.
Diante disso, pesquisadores defendem que não é mais necessário buscar novas fontes de combustíveis fósseis, argumentando que novos projetos petrolíferos podem inviabilizar metas climáticas que buscam limitar o aquecimento global. No Brasil, estudos indicam que não há necessidade de expandir fontes fósseis para uma transição energética conforme acordos internacionais sobre a crise climática.
A Petrobras possui reservas comprovadas na região do Pré-Sal, garantindo a exploração de petróleo até que a transição energética seja alcançada. Com 15,894 bilhões de barris de petróleo de reservas provadas, o país tem potencial para sustentar sua produção sem a necessidade de explorar novos projetos que possam impactar o meio ambiente.