O protesto coincide com o julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de envolvimento no crime, que está acontecendo no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. As famílias das vítimas esperam há mais de seis anos por respostas sobre o brutal assassinato de Marielle e Anderson.
Durante a manifestação, faixas foram estendidas e palavras de ordem foram entoadas pelas participantes, que gritavam frases como “Marielle vive, Marielle viverá. Mulheres negras não param de lutar” e “Quantas mais têm que morrer pra essa guerra acabar?”. Além disso, girassóis, flores que se tornaram símbolo associado a Marielle, foram levados para o local.
Mara Lúcia, uma das organizadoras da Marcha das Mulheres Negras em São Paulo, destacou a importância de manter viva a memória da vereadora. Ela ressaltou que, após tantos anos de espera por justiça, é um dever honrar a luta de Marielle. A designação de Anielle Franco, irmã de Marielle, como ministra da Igualdade Racial também foi mencionada como um fator que fortaleceu os movimentos na busca por respostas.
O coletivo Juntas!, que conta com parlamentares como Sâmia Bonfim e Fernanda Melchionna, marcou presença na mobilização. Ana Luiza Trancoso, uma das integrantes, ressaltou que, apesar do avanço com o julgamento dos executores, ainda pairam dúvidas sobre os mandantes do crime. A mobilização continua em busca de justiça completa para Marielle e Anderson.