Essa situação de calor intenso tem gerado impactos em várias frentes da sociedade brasileira. Na população economicamente ativa, a exposição prolongada ao calor extremo resultou em uma perda de 6,2 bilhões de horas de trabalho, o que equivale a uma perda potencial anual de US$ 19,6 milhões. Além disso, as mudanças climáticas têm contribuído para o aumento de doenças infecciosas transmitidas por mosquitos, como a dengue, que teve um crescimento de 29% no período analisado.
O relatório também aponta que nenhuma das dez cidades brasileiras analisadas desde 2015 apresentou melhorias na cobertura vegetal ou estratégias de mitigação dos efeitos do aquecimento global. Isso evidencia a falta de ações concretas das administrações municipais para lidar com os impactos das mudanças climáticas.
Globalmente, foram identificados recordes alarmantes em relação à saúde e mudanças climáticas. Mortalidade relacionada ao calor, aumento da população exposta a secas severas e maior incidência de doenças como dengue e malária foram alguns dos indicadores que atingiram níveis recordes no último ano.
Diante desse cenário preocupante, é necessário que os governos e empresas adotem medidas mais efetivas para lidar com os impactos das mudanças climáticas e proteger a saúde e o bem-estar das populações. Redirecionar investimentos da indústria de combustíveis fósseis para a energia limpa é uma das maneiras de garantir um futuro mais saudável e sustentável para todos. A conscientização e a ação coletiva são essenciais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e proteger o planeta e suas populações.