Governo de São Paulo planeja terceirizar manutenção de 134 escolas na capital em parceria com setor privado, gerando polêmica com manifestantes.

Na manhã de terça-feira, o governador Tarcísio de Freitas anunciou a terceirização da manutenção de 134 escolas já em funcionamento na cidade de São Paulo para o próximo ano. Essa medida faz parte de um plano de Parceria Público-Privada (PPP) que está em consulta pública e tem como objetivo realizar um leilão no segundo trimestre de 2025.

O governador realizou o leilão do primeiro lote de unidades escolares que serão construídas e geridas pelo setor privado, e o consórcio vencedor foi o Novas Escolas Oeste SP, liderado pela Engeform Engenharia LTDA. Tarcísio defendeu as parcerias com o setor privado e negou que se trate de privatização das escolas, destacando que as unidades a serem terceirizadas serão construídas do zero e não privatizadas.

No entanto, manifestantes contrários ao processo de terceirização se manifestaram do lado de fora do leilão, carregando cartazes com mensagens como “minha escola não está à venda”. Apesar da controvérsia sobre a privatização das escolas, o governo estadual garante que apenas a infraestrutura das escolas será afetada pelas parcerias, mantendo as atividades pedagógicas sob responsabilidade da Secretaria de Educação.

Tarcísio ressaltou a necessidade de melhorias na infraestrutura das escolas, mencionando que mais de 80% delas têm mais de 20 anos e estão em condições precárias. Para as escolas mais antigas, a gestão prepara uma nova PPP para a manutenção dessas unidades, com a abertura de consulta pública e previsão de publicação do edital no início do próximo ano.

O secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, explicou que a parceria com o setor privado seria focada na reforma, construção de novas salas, ampliação e manutenção das escolas. Com essas medidas, o governo busca oferecer melhores condições de ensino e infraestrutura para os estudantes da rede estadual de São Paulo.

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