Apesar do ligeiro aumento no número de votos em relação à eleição passada, Boulos não obteve êxito na conquista de zonas eleitorais, vencendo em apenas três delas, sendo Bela Vista, na região central, e Piraporinha e Valo Velho, na zona sul. Em 2020, o candidato do PSOL havia conquistado 8 das 57 zonas eleitorais, principalmente na zona sul da cidade.
A derrota de Boulos, desta vez para o prefeito Ricardo Nunes, do MDB, foi considerada mais amarga do que a anterior, visto que o candidato do PSOL contou com uma campanha mais estruturada e um apoio significativo do PT e do ex-presidente Lula. Com um orçamento de campanha de R$ 81,2 milhões, sendo mais da metade proveniente do PT, Boulos teve o apoio de oito siglas, em comparação com apenas duas na eleição passada.
Este pleito também marcou um momento histórico para o PT, que pela primeira vez desde a redemocratização não lançou um candidato próprio em São Paulo, indicando a ex-prefeita Marta Suplicy como vice na chapa do PSOL.
Após a confirmação do resultado eleitoral, Boulos fez um discurso mencionando a participação de Lula na campanha, chamando-o de “inspiração” e “maior liderança do país”. Ele expressou preocupação com o futuro da cidade, citando a “infiltração” do bolsonarismo e do crime organizado na gestão pública. Boulos prometeu a Lula ser “um companheiro leal” e agradeceu aos apoiadores, militância e ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
A eleição para prefeito de São Paulo em 2024 marca mais um capítulo na trajetória política de Guilherme Boulos, demonstrando a sua força e presença no cenário eleitoral da maior cidade brasileira.