Na região Nordeste, que historicamente havia sido um reduto da esquerda, a direita conquistou a maioria das capitais, com seis vitórias, enquanto o centro venceu em uma capital e a esquerda em duas. Esse resultado marca uma derrota dos partidos de esquerda, principalmente do campo político do ex-presidente Lula, que não obtiveram um bom desempenho na região desde a redemocratização do país em 1985.
Além do avanço da direita no Nordeste, ela também conquistou todas as capitais da região Centro-Oeste. Já no Sul e no Sudeste, a maioria das capitais será governada por partidos de centro, sendo quatro pelo PSD (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis) e duas pelo MDB (São Paulo e Porto Alegre).
Essa distribuição de poder nas capitais reflete uma rearrumação do cenário político brasileiro, com um fortalecimento dos partidos de centro e direita e uma diminuição da influência dos partidos de esquerda, em especial na região Nordeste. Os resultados das eleições municipais de 2024 indicam uma mudança de preferências e alianças políticas por parte dos eleitores, que optaram por uma diversidade de colorações ideológicas na administração das capitais do país.
O mapa eleitoral das capitais brasileiras mostra uma variedade de partidos no poder, com uma representação mais equilibrada entre o centro e a direita, evidenciando a pluralidade e a complexidade do momento político do Brasil. O impacto dessas eleições municipais nas esferas estadual e federal ainda é incerto, mas certamente terá reflexos na composição e nas alianças políticas no país.
