Operação policial deixa três mortos e três feridos no Rio de Janeiro em confronto no Complexo de Israel.

Na última quinta-feira, uma operação da Polícia Militar no Rio de Janeiro resultou em três mortos e três feridos, além de bloquear uma das principais vias da cidade, a avenida Brasil. O auxiliar de logística João Gabriel Barreto, de 29 anos, foi surpreendido pela ação policial enquanto estava a caminho do trabalho. Ele foi parado por um policial que pediu ajuda para levar ao hospital o motorista de caminhão Geneilson Eustáquio Ribeiro, de 49 anos, que havia sido baleado durante a operação no Complexo de Israel.

Barreto afirmou que, no momento em que foi parado pelo policial, não tinha conhecimento do tiroteio que estava acontecendo na região. Acreditava apenas que se tratava de um assalto. Somente após ser informado pelos socorristas, a caminho do hospital com Geneilson, é que ele soube da gravidade da situação. Infelizmente, o caminhoneiro não resistiu aos ferimentos e veio a falecer após ser transferido para outra unidade hospitalar.

Além de Geneilson, outras duas pessoas foram vítimas do tiroteio. Paulo Roberto de Souza, de 60 anos, motorista de aplicativo, e Renato Oliveira Alves Reis, de 48 anos, que estava dormindo em um ônibus e foi atingido na cabeça. Entre as pessoas feridas, está Alayde dos Santos Mendes, de 24 anos, trabalhadora de um call center, que foi atingida por uma bala na coxa enquanto caminhava ao lado do cemitério Memorial do Rio, em Cordovil.

O confronto ocorreu nas comunidades Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau e teve como alvo os crimes de roubo de veículos e cargas. A ação da PM resultou em barricadas incendiadas pelos criminosos, o que levou ao bloqueio da avenida Brasil em ambas as direções. A porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Claudia Moraes, afirmou que a operação foi planejada, mas que a corporação não possuía informações de inteligência para antecipar a reação dos criminosos.

O incidente gerou revolta e preocupação na população da região e levantou questionamentos sobre a segurança pública no Rio de Janeiro. A investigação sobre o tiroteio e as circunstâncias que levaram a esse desfecho trágico devem ser aprofundadas pelas autoridades competentes.

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