Após uma operação que resultou em seis pessoas baleadas, sendo três mortas, a polícia argumentou que a ação se configura como ato de terrorismo. Entre as razões apresentadas para essa tipificação, a polícia citou a realização de incêndios nas imediações da comunidade, disparos com armas de fogo sem direção determinada para causar pânico, interrupção do transporte público e vias públicas, bem como a imposição de uma religião por parte de Peixão. O governador Cláudio Castro classificou o episódio como terrorismo, destacando que a pena prevista para esse crime é de 12 a 30 anos de prisão.
Peixão é conhecido por fundar o Complexo de Israel durante a pandemia de Covid-19, unindo comunidades através de pontes e tomando territórios de facções rivais. O traficante se autodenomina Tropa do Arão, adotando o nome após se converter ao evangelismo. Em suas propriedades de luxo, a polícia encontrou equipamentos de sadomasoquismo ao lado de bíblias, mostrando a complexidade de sua figura.
Além disso, casos de desaparecimento e extorsão são frequentes no território controlado por Peixão, com relatos de violência e proibição de práticas religiosas diversas. A região do Complexo de Israel é formada por várias favelas e está localizada próxima a importantes vias da cidade. A investigação sobre as atividades de Peixão continua, e ele enfrenta acusações graves que podem resultar em uma longa pena de prisão.