Ministro da Fazenda prevê inflação brasileira abaixo de 4,5% ao final do ano, apesar de repiques recentes e alta do IPCA-15

Segundo declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a inflação brasileira deve encerrar o ano abaixo de 4,5%, que é o teto da meta estabelecida. Em uma entrevista realizada em Washington, o ministro afirmou que, apesar dos recentes picos de inflação, o aumento nos índices está ligado a fatores de curto prazo, como as variações cambiais e a seca, e não ao aquecimento da economia.
De acordo com Haddad, os núcleos de inflação, que excluem itens mais voláteis como alimentos in natura e energia, apontaram uma variação superior à esperada. No entanto, ele ressaltou que a inflação deve se manter dentro da meta estipulada. O ministro está participando de reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e G20, que é composto pelas 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e União Africana.
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) atingiu 0,54% em outubro, pressionado pela bandeira vermelha nível 2 nas tarifas de energia e pelos alimentos. Com uma taxa acumulada de 4,47% nos últimos 12 meses, o indicador está próximo do teto da meta estabelecida pelo governo.
Além disso, o ministro da Fazenda teve compromissos importantes durante sua estadia nos Estados Unidos. Ele se encontrou pela segunda vez em menos de um mês com representantes da agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P Global), apresentando projeções de médio e longo prazo para a economia brasileira. Haddad também participou de um evento da Força-Tarefa de Mobilização Global contra as Mudanças Climáticas (TF-Clima) e de uma reunião restrita do FMI com ministros de Finanças.
O retorno do ministro e da ministra do Planejamento, Simone Tebet, está programado para a sexta-feira (25), encerrando assim sua agenda nos Estados Unidos.

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