O indicador ainda se mantém em um nível de satisfação, atingindo 103,2 pontos, porém, este é o menor patamar desde março deste ano. Todos os componentes da ICF apresentaram movimento de queda, com exceção da Perspectiva Profissional, que se manteve estável. O Momento para Duráveis foi o item que mais apresentou redução, com um decréscimo anual de 1,8%.
O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, ressaltou que os consumidores estão mais cautelosos em relação ao consumo, principalmente de bens duráveis. A queda na intenção de consumo nesse segmento e a diminuição das perspectivas de emprego foram os principais fatores que influenciaram a redução da ICF. A Perspectiva Profissional também apresentou um recuo de 4,1% no ano, demonstrando maior cautela em relação à empregabilidade futura.
A análise mensal destacou uma queda significativa de 4,2% na Perspectiva de Consumo, refletindo um cenário econômico desafiador, com aumento da taxa básica de juros pelo Banco Central para conter a inflação. Esses fatores, somados às incertezas em relação aos ajustes fiscais do governo, têm gerado apreensão entre os consumidores e impactado diretamente a expectativa de consumo.
Diante desse cenário, os consumidores tendem a se tornar mais seletivos em suas compras, enquanto as instituições financeiras se tornam mais criteriosas na concessão de crédito. Essa conjuntura desafiadora pode afetar o potencial de consumo das famílias e exigir uma postura mais cautelosa diante das incertezas econômicas.