Operação da PF investiga venda de decisões no Judiciário de MS: desembargadores afastados e uso de tornozeleira eletrônica

Na manhã desta quinta-feira (24), a Polícia Federal deflagrou uma operação para investigar suspeitas de venda de decisões no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A ação, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), resultou no afastamento de servidores públicos de suas funções e na determinação do uso de tornozeleira eletrônica.

De acordo com informações obtidas, cinco desembargadores e dois servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul estão entre os investigados. Além das medidas já citadas, eles também estão proibidos de acessar as dependências do órgão e de se comunicar com outras pessoas envolvidas na investigação.

A operação cumpre um total de 44 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, como Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT). As investigações buscam apurar crimes que vão desde corrupção na venda de sentenças até falsificação de escrituras públicas, passando por lavagem de dinheiro, organização criminosa e extorsão.

Chamada de Operação Ultima Ratio, a ação da PF conta com o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, iniciada no ano passado, que já havia apreendido materiais com indícios dos mesmos crimes que estão sendo investigados agora.

Em nota oficial, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul afirmou que as decisões do STJ se aplicam apenas a alguns desembargadores, magistrados e servidores, não afetando os demais membros da instituição. O TJ-MS garantiu que os investigados terão direito à defesa e que os fatos ainda estão sob investigação, sem qualquer juízo de culpa definitivo por enquanto.

A situação continua evoluindo, e novas informações podem surgir a qualquer momento. A justiça segue em busca da verdade e da punição adequada para os envolvidos nos possíveis crimes cometidos dentro do poder judiciário de Mato Grosso do Sul.

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