Governo Lula pressiona Aneel pela caducidade do contrato da Enel em SP: entenda o caso e as medidas tomadas

Na última segunda-feira (21), a Enel recebeu uma intimação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em resposta a uma solicitação formal de medidas contra a empresa feita pelo Ministério de Minas e Energia (MME). O pedido de providências foi protocolado no domingo (20), e a agência enviou um ofício ao ministério no dia seguinte, explicando a situação.

Essa correspondência entre os órgãos do governo foi vista no mercado de energia como um indicativo de que o governo Lula (PT) está forçando a Aneel a considerar a caducidade do contrato da Enel em São Paulo, o que significaria a extinção da concessão da empresa para prestação de serviços na região.

A Aneel reconheceu em sua resposta que a empresa teve um atendimento insatisfatório durante eventos climáticos extremos, alertando, no entanto, que o processo de caducidade é rigoroso e deve ser respeitado. O ministro Alexandre Silveira, em ofício enviado anteriormente, ressaltou que é a quarta vez que solicita providências contra a Enel, reforçando a necessidade de um processo administrativo para análise das falhas e transgressões.

A caducidade, punição extrema que nunca foi aplicada apesar de prevista na legislação, é considerada uma medida drástica. A Enel já havia sido intimada por descumprir o plano de contingência e apresentar atendimento insatisfatório aos consumidores em situações de emergência. A diretoria da empresa analisaria as falhas e transgressões para avaliar a possibilidade de caducidade.

Mesmo com a pressão do governo e a gravidade das falhas da Enel, a caducidade continua sendo um ponto sensível e controverso nas questões de concessões de energia. A Aneel, embora defenda a caducidade em alguns casos, prefere buscar soluções alternativas, como a transferência da concessão, como no caso da Amazonas Energia. O desenrolar desse processo envolvendo a Enel em São Paulo certamente terá repercussões no setor de energia e nas relações entre governo e empresas concessionárias.

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