De acordo com informações do processo, foram apresentados áudios e conversas de WhatsApp que sugerem a existência de ao menos mais três possíveis vítimas das práticas de assédio por parte de Freire. Procurado para comentar sobre as acusações, o influenciador não respondeu aos contatos feitos pela imprensa. Seu advogado, Miguel Vidigal, alegou que o processo é baseado em calúnias e que a defesa do cliente será feita em juízo.
Catarina relata ter tentado expor o caso nas redes sociais, porém foi alvo de cancelamento, devido ao grande número de seguidores que Guilherme Freire possui em suas redes e por já ter ocupado cargos de destaque em governos anteriores. Com mais de 450 mil seguidores no Instagram, Freire é conhecido por abordar temas como história, virtudes e religião em suas publicações.
Antes de trabalhar na Brasil Paralelo, Guilherme Freire atuou como secretário adjunto na Secretaria Nacional de Juventude do governo Bolsonaro e como coordenador de empreendedorismo e chefe de gabinete na secretaria do Planejamento do governo do estado do Paraná. Após deixar a produtora em agosto de 2022, abriu duas empresas onde ministra aulas de filosofia e tradicionalismo.
O processo movido por Catarina alega que Freire praticou comportamentos repetidos e invasivos, tentando manipular a jovem. As acusações incluem chamadas para conversas privadas, comentários sobre aparência e comportamento de cunho constrangedor, além de tentativas de sedução por meio de sua posição social. A defesa da jovem relata ainda casos de assédio moral e ameaças de demissão caso as exigências de Freire não fossem atendidas.
Os advogados de Catarina alegam danos morais, psicológicos e materiais em decorrência dos episódios de assédio, pedindo uma indenização de R$ 200 mil, além de outros valores referentes a lucros cessantes e pensão vitalícia. A Brasil Paralelo, produtora onde os fatos ocorreram, afirmou que está colaborando com as investigações e respeitando a confidencialidade dos envolvidos.
O caso de Guilherme Freire levanta discussões sobre a importância de combater e denunciar casos de assédio, destacando a necessidade de garantir um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos os profissionais. A justiça terá agora a responsabilidade de analisar as provas apresentadas e realizar um julgamento justo e imparcial para todas as partes envolvidas.