Banco Mundial destaca oportunidade de melhorar saúde pública no Brasil através da reforma tributária para produtos nocivos.

O Brasil se encontra diante de uma oportunidade única de melhorar a saúde pública através do planejamento adequado da tributação sobre produtos como tabaco, álcool e bebidas açucaradas. Essa avaliação é feita pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), uma instituição financeira ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) e conhecida também como Banco Mundial.

Segundo o Bird, implementar impostos especiais sobre esses produtos nocivos é uma estratégia comprovada para reduzir seu consumo e, consequentemente, diminuir as taxas de mortalidade e doenças evitáveis. A cada ano, cerca de 341 mil mortes no Brasil são atribuíveis ao consumo desses produtos, o que representa aproximadamente 20% do total de óbitos registrados no país. Doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e enfermidades pulmonares crônicas são algumas das principais causas de morte associadas ao consumo dessas substâncias.

O Banco Internacional destaca que os preços dos produtos derivados do tabaco e bebidas alcoólicas açucaradas no Brasil são relativamente baixos em comparação com outros países da América Latina, do Caribe e do G20. Isso torna esses produtos acessíveis para a população brasileira, contribuindo para as altas taxas de consumo. A implementação de impostos de saúde bem planejados pode impactar significativamente o consumo desses produtos, especialmente entre as populações de baixa renda, que são mais sensíveis às mudanças de preços.

A reforma tributária em andamento no Brasil, que está sendo discutida no Senado, representa uma oportunidade para a implementação de impostos seletivos sobre produtos prejudiciais à saúde. A aprovação desse plano de trabalho é crucial para melhorar a saúde pública e os resultados econômicos do país, impactando positivamente na qualidade de vida da população e na produtividade da economia.

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