Brasil buscará aumentar financiamento estrangeiro para ações climáticas na COP 29 em Baku, Azerbaijão; meta é superar US$ 100 bilhões.

Brasil busca aumentar financiamento estrangeiro para projetos de sustentabilidade na COP 29

Durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29), o Brasil terá como foco aumentar o financiamento estrangeiro de fundos para mitigação e adaptação climática. Essa estratégia foi discutida em uma audiência pública na Comissão de Meio Ambiente (CMA) na última quarta-feira (23), com a participação de representantes do governo federal e da sociedade civil.

A senadora Leila Barros (PDT-DF), presidente da CMA, solicitou o debate para conhecer as perspectivas do Brasil na conferência. A COP 29 está programada para acontecer em Baku, no Azerbaijão, entre os dias 11 e 22 de novembro.

Uma das maiores expectativas é o aumento da transferência de recursos para apoiar projetos de sustentabilidade nos países em desenvolvimento, principalmente arrecadados dos países mais ricos. No Brasil, o Fundo Amazônia recebe doações e investimentos estrangeiros para proteger a floresta amazônica. A senadora cobrou da delegação brasileira que dê atenção a essa demanda.

A diretora do Departamento de Clima do Ministério de Relações Exteriores (MRE), Liliam Beatris Chagas, destacou a importância do financiamento na COP 29, considerando-a a “COP das finanças”. Segundo ela, a nova meta anual para fundos climáticos precisa superar os atuais US$ 100 bilhões.

No entanto, existem divergências em relação a essa meta, estabelecida há nove anos na COP 21. Alguns países alegam que os investimentos dos países ricos já alcançaram essa meta, enquanto outros discordam. O coordenador de política internacional do Observatório do Clima, Claudio Angelo, ressaltou a necessidade de discutir não apenas os valores a serem investidos, mas também o conceito de financiamento para a sustentabilidade.

Além disso, representantes do Brasil na COP 29 pretendem apresentar o país como um exemplo de transição energética, destacando a produção de energia limpa, principalmente de origem hidrelétrica. O setor industrial brasileiro também está focado em avançar na sustentabilidade, e várias políticas públicas já estão em vigor para reduzir as emissões de gases poluentes.

A COP 29 será uma oportunidade para debater as mudanças climáticas e as práticas globais para combatê-las. Espera-se a participação de 50 a 60 mil pessoas, incluindo uma das maiores delegações do Brasil, com 1.400 representantes. Além das sessões com chefes de Estado e diplomatas, a conferência contará com a exposição de órgãos da sociedade civil e do setor produtivo, além da realização de workshops e oficinas.

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