Os disparos começaram por volta das 22h e a primeira impressão era a de que se tratava de um assalto. No entanto, a situação se revelou muito mais grave do que aparentava, o que fez com que Raquel e seus familiares se recolhessem na sala de casa, agachados, em busca de proteção contra os tiros incessantes que ecoavam na rua.
A vizinha descreve a noite de terror como sendo marcada pela sequência de tiros, que pareciam vir em quantidade avassaladora. O impacto dos disparos atingiu diretamente a residência de Raquel, que teve vidros quebrados e cômodos preenchidos por estilhaços. Ela recorda, com pesar, que até o quarto de seu filho foi invadido por balas, atingindo inclusive o guarda-roupa.
A tragédia contrasta com a vida pacata que a comunidade costumava desfrutar ao lado da família agora dilacerada pelo ataque. Raquel relembra das festas e almoços organizados em conjunto, da tranquilidade e discrição que permeavam o convívio com os Crippa. No entanto, a revelação de que o atirador possuía diversas armas, incluindo pistolas, rifle e espingarda, deixou a vizinhança perplexa, sem conseguir compreender como a tragédia pôde atingir aqueles que consideravam tão próximos e queridos.
A investigação sobre os motivos que levaram Edson Crippa a cometer tal ato de violência segue em andamento, enquanto a comunidade tenta se recuperar do impacto desse triste episódio que marcou a noite de Novo Hamburgo.