Segundo relatos dos jornalistas que visitaram o hospital, a direção da unidade de saúde foi colaborativa e permitiu que percorressem todas as instalações em busca de evidências do alegado bunker. Em suas declarações, os repórteres afirmaram que não encontraram nada que corroborasse as acusações de Israel.
Após as acusações iniciais, tanto equipes quanto pacientes foram retirados do hospital devido ao receio de possíveis bombardeios. A situação se tornou ainda mais tensa devido aos recentes ataques de Israel a hospitais na Faixa de Gaza, sob a justificativa de que abrigavam membros de grupos militantes palestinos.
A repórter da BBC, Orla Guerin, destacou que até mesmo o necrotério do hospital foi aberto para inspeção, sem que nada suspeito fosse encontrado. Os médicos e funcionários da instituição estavam determinados a mostrar que as acusações eram infundadas, permitindo que os jornalistas circulassem livremente pelo local.
Em meio a todo esse contexto, o porta-voz do Exército de Israel, Nadav Shoshani, sugeriu que o bunker do Hezbollah poderia estar em um prédio comercial adjacente ao hospital, indicando uma possível nova localização para a suposta estrutura. No entanto, o repórter da DW que investigou o local indicado também não encontrou evidências que corroborassem essa hipótese.
Apesar das acusações e das especulações, a visita dos jornalistas internacionais ao Hospital Al-Sahel não resultou na descoberta de qualquer bunker ou estrutura clandestina pertencente ao grupo Hezbollah, demonstrando a importância da investigação minuciosa e imparcial por parte da imprensa para esclarecer a verdade dos fatos.
