Ataques da guerrilha colombiana e assassinatos em Cauca ameaçam participantes da COP16 da ONU em Cali

No departamento de Cauca, na Colômbia, guerrilheiros colombianos do EMC (Estado-Maior Central) causaram tumulto ao detonarem explosivos durante a passagem de um veículo militar na noite de segunda-feira (21). O incidente ocorreu próximo à sede da COP16, conferência da ONU sobre biodiversidade, que está sendo realizada na cidade de Cali. Além disso, três civis foram brutalmente assassinados na região, de acordo com as autoridades locais.

As ações dos rebeldes representaram uma ameaça direta aos participantes da cúpula ambiental, que reúne aproximadamente 23 mil pessoas, incluindo líderes de Estado e ministros de diversos países. A situação de instabilidade gerada pelo EMC tem preocupado as autoridades colombianas, que intensificaram a segurança na região.

Após a abertura do evento, o exército colombiano reforçou sua ofensiva contra os guerrilheiros, que controlam plantações de coca no departamento de Cauca. Além disso, três pessoas foram mortas a tiros no município de Suárez, evidenciando a violência que assola a região.

Os assassinatos ocorreram em uma área controlada pela unidade Jaime Martínez, uma facção dissidente das Farc liderada por Iván Mordisco, que constantemente entra em confronto com as forças de segurança no sudoeste da Colômbia. O EMC, que foi excluído dos diálogos de paz liderados pelo presidente Gustavo Petro, representa uma ameaça à estabilidade da região.

Apesar dos incidentes, a cerimônia de abertura da COP16 ocorreu conforme o planejado, com a presença de Petro e seus ministros. Medidas de segurança foram intensificadas no local do evento, garantindo a proteção dos participantes. A cúpula seguirá até 1º de novembro, com debates e discussões sobre a preservação da biodiversidade em todo o mundo.

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