BNDES busca alcançar grau de investimento com responsabilidade fiscal e corte de despesas, afirma presidente Aloizio Mercadante.

O Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, enfatizou na noite de terça-feira, 22, a importância de alcançar o grau de investimento como uma meta fundamental para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Durante um evento da Bloomberg em São Paulo, Mercadante ressaltou que a recente avaliação da Moody’s foi um impulso importante, porém destacou a necessidade de cumprir com as medidas necessárias para alcançar esse objetivo.

Em relação à situação fiscal do Brasil, Mercadante alertou para a vulnerabilidade fiscal significativa do país e a importância de agir com responsabilidade nesse contexto. Ele mencionou o recorde de arrecadação de impostos em setembro, que atingiu R$ 203 bilhões, contribuindo para um superávit fiscal. No entanto, o presidente do BNDES alertou que serão necessários cortes de despesas para lidar com a realidade atual.

Ao discutir o desafio fiscal brasileiro, Mercadante enfatizou a importância de manter o crescimento econômico para resolver as questões fiscais do país. Ele também mencionou a relevância das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB), destacando as revisões recentes para cima. Além disso, Mercadante brincou sobre disponibilizar uma linha de crédito para os pessimistas comprarem calmantes, ressaltando o otimismo em relação ao crescimento econômico.

Sobre a contribuição do BNDES para a melhoria dos indicadores fiscais, Mercadante revelou que o banco pagará ao governo R$ 25 bilhões em dividendos este ano, um valor equivalente a 150% do lucro do banco. Além disso, ele mencionou que o BNDES pagará mais de R$ 40 bilhões ao Tesouro Nacional, além dos impostos. Mercadante destacou a intenção do BNDES em colaborar para fortalecer o arcabouço fiscal do país.

Por fim, Mercadante evitou comentar sobre as taxas de juros, mas enfatizou a importância de um diálogo mais sincero e construtivo sobre o assunto. Ele destacou a necessidade de uma abordagem positiva em relação às taxas de juros no Brasil.

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