Durante sua viagem a Washington, Haddad rebateu a análise do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que o país cresce devido a estímulos fiscais. Ele afirmou que a recomposição da base fiscal é necessária para pagar as despesas herdadas que não tinham fonte de financiamento. Medidas aprovadas pelo Congresso no ano passado, como a taxação de offshores e o fim de benefícios a grandes empresas, contribuíram para impulsionar a arrecadação em 2024.
Haddad destacou a importância do aumento das receitas para atingir a meta de déficit primário zero, enquanto o governo busca controlar os gastos. Ele enfatizou que a restrição das despesas, somada ao crescimento econômico, é essencial para alcançar os objetivos fiscais do país.
Além do recorde de arrecadação em setembro, o Fisco também registrou um recorde no acumulado de janeiro a setembro, com arrecadação de R$ 1,93 trilhão e um acréscimo de 9,68% acima da inflação. O ministro da Fazenda comentou o novo relatório do FMI, que elevou a projeção de crescimento para a economia brasileira em 2024, mas reduziu para 2025.
A viagem de Haddad a Washington também incluiu reuniões com autoridades americanas para discutir as relações bilaterais e pautas do G20. Devido a um encontro na Casa Branca, a reunião prevista com representantes da agência de classificação de risco Fitch foi cancelada. Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva haviam se reunido com outras agências de classificação de risco em setembro, o que resultou em um aumento na nota da dívida do governo brasileiro pela Moody’s.