Senador Eduardo Braga protocola plano de trabalho para reforma tributária na CCJ e busca consenso entre Senado, Câmara e Executivo.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) está desempenhando um papel fundamental como relator do projeto que regulamenta a reforma tributária (PLP 68/2024). Em uma entrevista concedida nesta terça-feira (22), Braga informou que pretende protocolar o plano de trabalho para a proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), visando a análise do calendário para discussão e votação do projeto já na reunião marcada para esta quarta-feira (23).

Com mais de 1.400 emendas apresentadas pelos senadores, o relator aponta que algumas delas devem ser incorporadas ao texto, o que demandará o retorno da proposta à Câmara dos Deputados. A expectativa é que a votação do projeto seja concluída até o final do ano nas duas Casas, mas para tal será necessário construir um texto de consenso, envolvendo também o governo federal.

Segundo Braga, o Senado tem como compromisso garantir um texto que represente simplicidade, segurança jurídica e neutralidade da carga tributária. O senador reforçou a importância de aprovar as mudanças na Câmara, com consenso tanto entre as duas Casas quanto com o Executivo, para assegurar a efetividade das alterações no sistema tributário.

O projeto seguirá sendo analisado apenas pela CCJ, no entanto, o senador Izalci Lucas (PL-DF) planeja apresentar um requerimento para que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) também tenha poder de decisão sobre a proposta. Izalci ressalta a importância de discussões adicionais na CAE, e o líder interino do governo, senador Otto Alencar (PSD-BA), destaca a relevância de um rito mais breve para viabilizar a construção de um acordo entre Câmara, Senado e Executivo.

Para ampliar o debate em torno do tema, Eduardo Braga adiantou durante uma reunião da CAE que acatará a proposta do presidente Rodrigo Pacheco para a realização de duas sessões temáticas no Plenário, onde senadores ouvirão governadores e prefeitos sobre a reforma tributária. Com a expectativa de votação ainda neste ano, a articulação entre as diferentes instâncias e partidos se mostra essencial para o avanço da proposta.

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