Durante uma reunião bilateral realizada no PG20, krlec reiterou o convite feito ao Brasil para integrar a Eurojust. Essa parceria pode ser fundamental para o avanço das ações de combate ao crime organizado transnacional, incluindo o enfrentamento ao PCC e sua atuação em escala internacional.
A expectativa é que as tratativas e encaminhamentos feitos durante o PG20 possam destravar o aceite desse convite ao Brasil, que está pendente desde o governo de Bolsonaro. Segundo krlec, a presença do Brasil na Cúpula dos PGRs é mais uma confirmação do compromisso do país em desenvolver parcerias internacionais no combate aos crimes transnacionais.
O vice-presidente da Eurojust destacou que o acordo envolveria a troca de informações operacionais, possibilitando que o Brasil mantenha um procurador na sede do órgão em Haia, onde os procuradores atuam lado a lado em investigações. Ele ressaltou que as investigações conjuntas aumentam significativamente a partir do momento em que um país é fisicamente representado na sede do grupo.
Atualmente, a Eurojust conta com a participação de doze países fora da União Europeia, incluindo os Estados Unidos. O Brasil já é um ponto focal da Eurojust e participou de operações intermediadas pela organização, como a prisão de membros da máfia italiana no país. A possível adesão do Brasil à Eurojust abriria inúmeras possibilidades de investigação e fortaleceria o combate ao crime organizado, incluindo grandes facções internacionais como o PCC.
No entanto, as negociações para a integração do Brasil à Eurojust ainda enfrentam alguns entraves, como a questão da representação do Ministério Público Federal na sede em Haia e o impacto da Operação Lava Jato. Apesar disso, a expectativa é de que a presença de Botjan krlec no PG20 possa contribuir para fortalecer o processo de convencimento sobre a importância da participação do Brasil no grupo considerado “o estado da arte” das iniciativas do Ministério Público em âmbito internacional.