FMI prevê desaceleração mais intensa na economia chinesa em 2024, com crescimento de 4,8% e suporte das exportações.

Segundo o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO) divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira, 22, a economia da China enfrentará uma desaceleração mais intensa do que o previsto anteriormente. A estimativa de crescimento para o país asiático em 2024 foi revisada de 5% para 4,8%, resultado influenciado positivamente pelo desempenho das exportações líquidas.

Mesmo com a persistente fraqueza no setor imobiliário e a baixa confiança do consumidor, o documento do FMI destaca que o crescimento da China deve desacelerar apenas marginalmente. Para 2023, a economia chinesa alcançou um crescimento de 5,2%, superando as expectativas.

Para os próximos anos, a projeção é de um crescimento de 4,5% em 2025, com o suporte das medidas de política recentemente adotadas pelo governo. Já em relação à Índia, o FMI manteve a projeção de crescimento em 7% para 2024 e 6,5% para 2025.

Para os países emergentes e em desenvolvimento, a previsão de expansão do PIB também foi mantida em 4,2% em 2024, com um leve ajuste para baixo em 2025, que passou de 4,3% para 4,2%.

Na América Latina, a previsão de crescimento do PIB foi elevada de 1,8% para 2,1% em 2024, enquanto para 2025 houve uma redução de 2,7% para 2,5%. Já no caso do México, o FMI expressou maior pessimismo, com a projeção de crescimento do PIB em 2024 caindo de 2,2% para 1,5%, e em 2025 de 1,6% para 1,3%.

Esses números refletem o enfraquecimento da demanda interna no contexto do aperto da política monetária, além da expectativa de uma desaceleração no próximo ano devido a uma postura fiscal mais restritiva. O FMI espera que as recentes medidas de política possam fornecer suporte para o crescimento econômico no curto prazo.

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