O Líbano vem enfrentando invasões militares e bombardeios promovidos por Israel, o que tem impactado diretamente a população local. Diante desse cenário, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que o governo brasileiro já enviou ao país do Oriente Médio cinco cargas de medicamentos, seringas descartáveis e envelopes para reidratação de estoques públicos do Sistema Único de Saúde (SUS), que são geridos pelo Ministério da Saúde.
Além disso, cestas básicas arrecadadas pela Embaixada do Líbano em Brasília, por meio da Associação Unidos pelo Líbano (UpL), e pelo Consulado-Geral do Líbano no Rio de Janeiro também foram enviadas para ajudar a população local. A Operação Raízes do Cedro, que foca na repatriação de brasileiros residentes no Líbano, já conseguiu trazer de volta 1.317 passageiros, incluindo crianças, idosos, gestantes, pessoas com deficiência e até animais domésticos.
O voo mais recente, operado pela aeronave KC-30 do Esquadrão Corsário da Força Aérea Brasileira (FAB), aterrizou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no último sábado, transportando mais de 200 passageiros e um gato. Este foi o sexto voo de repatriação, enquanto um sétimo voo está em andamento no momento. Cerca de 3 mil brasileiros que residem no Líbano aguardam pelo retorno ao Brasil.
De acordo com o acordo estabelecido entre o MRE e o governo libanês, as prioridades de embarque incluem mulheres, crianças, idosos e brasileiros não residentes do Líbano. Desde o início da operação de resgate em 4 de outubro, a FAB tem realizado voos praticamente diários entre Brasil e Líbano, com escalas em Lisboa, Portugal, tanto na ida quanto na volta.
Em relação aos conflitos na região, as forças armadas israelenses, que recentemente tiveram confrontos na Faixa de Gaza, também têm realizado invasões e bombardeios no Líbano. Israel alega que busca neutralizar o movimento Hezbollah para permitir que cidadãos israelenses possam retornar às suas residências. Até o momento, estima-se que cerca de 1,4 mil pessoas foram mortas no Líbano, a maioria delas civis, de acordo com dados da agência de notícias AFP.
