Essa máquina gigante de escavação subterrânea é a maior da América Latina, com um diâmetro de roda de corte de 11,66 metros e 100 metros de comprimento. Além disso, é interessante notar que todas as tuneladoras recebem nomes de mulheres, e a máquina que Sherry pilota leva o nome de Cora Coralina, uma renomada escritora brasileira.
A jornada de Sherry até se tornar pioneira na pilotagem do “tatuzão” foi marcada por desafios e muito aprendizado. Ela começou na área de logística e teve a oportunidade de acompanhar o transporte das peças do equipamento da China para o Brasil. Com determinação e esforço, Sherry conseguiu progredir na construção civil até alcançar a posição de responsável pela escavação, uma tarefa que exige habilidade e atenção aos detalhes.
No seu dia a dia de trabalho, Sherry precisa lidar com uma série de controles e monitores complexos, além de comandar a máquina que escava cerca de 15 metros por dia. A obra em que ela está envolvida conectará a estação Vila Prudente à Penha pelo metrô e está prevista para ser concluída em 2026, envolvendo cerca de 150 trabalhadores divididos em três turnos.
Apesar dos desafios enfrentados ao longo de sua carreira, Sherry nunca pensou em desistir. Com o apoio da família e sua paixão pela engenharia, ela segue desbravando um caminho em um ambiente predominantemente masculino. Sherry destaca a importância de abrir espaço para mais mulheres na engenharia e acredita que o futuro reserva ainda mais oportunidades para aquelas que desejam seguir nesse campo.
O exemplo de Sherry Romanholi é inspirador e representa a força e determinação das mulheres que estão conquistando seu espaço em áreas historicamente dominadas por homens. Sua história nos lembra da importância da diversidade e da igualdade de gênero no mercado de trabalho, e mostra que com coragem e perseverança, é possível superar obstáculos e alcançar o sucesso.
