Após uma semana do apagão, ruas de São Paulo voltam à normalidade, com exceção de trechos escuros na Vila Romana e Bom Retiro.

Após uma semana do início do apagão que afetou 3,1 milhões de domicílios na região metropolitana de São Paulo, a normalidade retornava lentamente às ruas da cidade. Na maior parte do centro expandido, os problemas de energia eram pontuais, com uma retomada tímida nos bares que haviam perdido clientes devido à falta de luz no último final de semana.

No entanto, a rua Catão, localizada na Vila Romana, zona oeste da capital, destacava-se como uma exceção. Sete dias após o temporal, os postes permaneciam apagados nesta via, mesmo após o restabelecimento da energia nas residências da região. Cerca de 500 metros da rua se encontravam no escuro devido a uma árvore derrubada pelas rajadas de vento que, por sua vez, danificou a fiação dos postes.

Enquanto a maioria das residências já tinha tido a luz restabelecida, o administrador Tiago Bernardes, morador da rua Catão, relatou que a situação na via ainda persistia, afetando até mesmo casas vazias. Já no Bom Retiro, outro problema semelhante ocorria no cruzamento das ruas Newton Prado e Mamoré, onde vários postes permaneciam sem luz devido a um incidente envolvendo um caminhão.

Em meio a esse cenário, a retomada das atividades em um dos bares da Barra Funda era mais fraca do que o esperado. O estabelecimento, que ficou quatro dias sem energia e funcionou precariamente com luz de velas e gelo comprado em um posto de gasolina, ainda registrava um movimento menor do que o habitual, possivelmente devido ao receio da população após o temporal.

O apagão não apenas afetou a iluminação das ruas, mas também o atendimento a problemas corriqueiros, como demonstrado pelo atraso na resolução de um caso de “meia fase”, onde apenas parte das instalações elétricas funciona. A Enel SP, responsável pelo reparo, enfrentou uma demanda elevada de serviços de manutenção, o que dificultou o atendimento rápido e eficaz às ocorrências.

Diante desse contexto, a cidade de São Paulo precisava lidar não apenas com os danos materiais causados pelo apagão, mas também com a lentidão na recuperação das condições de normalidade após a tempestade. O desafio enfrentado pelas equipes de manutenção e o impacto financeiro nos estabelecimentos comerciais mostravam a fragilidade do sistema diante de eventos climáticos extremos. A população esperava por uma rápida solução para os problemas e a restauração completa da energia e do funcionamento cotidiano da cidade.

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