O relatório, intitulado “A economia da água: valorizando o ciclo hidrológico como um bem comum global”, aponta que as mudanças nos padrões de precipitação, o aumento das temperaturas devido às mudanças climáticas e a falta de acesso à água limpa e saneamento contribuem para os declínios econômicos previstos. A má gestão dos recursos hídricos, somada às mudanças climáticas, está colocando o ciclo global da água sob uma pressão sem precedentes, de acordo com a comissão.
A preocupação com a crise da água não é apenas global, mas também econômica. O relatório enfatiza a importância de considerar a água como um bem comum global, destacando a necessidade de colaboração entre fronteiras e culturas na gestão dos recursos hídricos. Os especialistas ressaltaram que os custos envolvidos na tomada de medidas para enfrentar a crise são pequenos se comparados ao dano que a inação contínua poderia causar às economias e à humanidade.
Entre as recomendações do relatório estão a eliminação de subsídios prejudiciais em setores de uso intensivo de água, a implementação de microirrigação na agricultura e a transição de dietas de origem animal para dietas de origem vegetal. Além disso, destaca-se a importância de conservar e restaurar habitats naturais para preservar a umidade do solo e a circulação da água na atmosfera.
Os especialistas também alertaram para a necessidade de proteger os mais pobres e vulneráveis, uma vez que a crise global da água afeta de forma mais severa as comunidades mais vulneráveis. A gestão adequada da água é essencial não apenas para garantir a segurança alimentar, mas também para combater as mudanças climáticas e preservar o bem-estar humano e a economia mundial. Portanto, a adoção de medidas urgentes e a cooperação internacional são essenciais para enfrentar a crise global da água e garantir um futuro sustentável para todos.