Fafá de Belém lidera celebração do Círio de Nazaré em evento que une crenças e emoções em Belém.

Recentemente, tive a oportunidade de mergulhar em diferentes experiências religiosas que moldaram minha trajetória espiritual. Criada em um ambiente com forte influência da umbanda, fui batizada, fiz primeira comunhão e crisma, absorvendo os ensinamentos de diversas crenças presentes na sociedade. Minha mãe, adepta da religião de matriz africana, me mostrava a importância de compreender a diversidade religiosa em nossa formação.

Noites de sábado vestida de branco, cercada pelo cheiro de defumação e de arruda, entoando cânticos sagrados da umbanda, eram comuns na minha rotina. As manhãs de domingo eram dedicadas ao banco da igreja, mesmo que eu não seguisse estritamente os rituais católicos. A busca por minha própria espiritualidade me levou a explorar diferentes caminhos, a dialogar com entidades espirituais e a manifestar minha fé de maneira única e pessoal.

A influência da religiosidade continuou a ecoar em minha vida adulta. Recentemente, fui tocada por músicas que embalam o Círio de Nazaré, uma das maiores procissões católicas do mundo, que conta com a participação da renomada cantora Fafá de Belém. Sua devoção à Nossa Senhora de Nazaré traz prestígio ao evento, que este ano será palco da COP30, conferência sobre mudanças climáticas.

Participar do Círio de Nazaré foi uma experiência única, que superou minhas expectativas. A devoção dos fiéis, representada em promessas e ex-votos, a procissão que se estende pela cidade por dias, a presença de pessoas de diferentes credos e a energia que envolve a celebração tocaram profundamente meu coração.

Ao lado de Fafá de Belém, senti-me parte de algo maior, um momento de comunhão e respeito mútuo. Mesmo não sendo religiosa, encontrei naquele evento sentimentos como paz, empatia, carinho e amor, que me fizeram desejar “Feliz Círio” a estranhos e me conectaram de forma especial com a espiritualidade. Recomendo a experiência a todos que buscam compreender a diversidade religiosa e encontrar a sua própria essência espiritual.

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