Esse alarmante cenário é resultado do aumento das temperaturas oceânicas devido às mudanças climáticas. O estresse térmico tem levado os corais a expulsar as algas coloridas de seus tecidos, levando ao branqueamento e tornando os corais vulneráveis à fome e doenças. Isso impacta diretamente a biodiversidade marinha e ameaça a sobrevivência desses importantes ecossistemas.
O coordenador do programa de vigilância de corais da Noaa, Derek Manzello, destacou que o evento de branqueamento atual está se expandindo rapidamente e já superou os registros anteriores em extensão. Estima-se que pelo menos 14% dos corais do mundo tenham morrido nos eventos anteriores de branqueamento em massa.
Apesar dos esforços para conter o problema, o branqueamento continua se intensificando. Países como Palau, Guam e Israel recentemente confirmaram casos de branqueamento, enquanto o estresse térmico permanece elevado em regiões como o Caribe e o Mar da China Meridional. A situação é tão preocupante que os cientistas convocaram uma sessão de emergência na COP16 para discutir estratégias de proteção dos recifes de coral.
O impacto do branqueamento em massa dos corais vai além da perda da biodiversidade marinha. Estima-se que os recifes forneçam cerca de US$ 2,7 trilhões em bens e serviços anualmente. Por isso, ações urgentes são necessárias para evitar a extinção funcional desses ecossistemas vitais.
O futuro dos recifes de coral depende das medidas que serão adotadas tanto a nível global quanto local. Com a possibilidade de um novo recorde de calor em 2024, os cientistas alertam para a urgência de proteger esses importantes habitats marinhos antes que seja tarde demais. A colaboração entre governos, organizações e a sociedade civil é essencial para reverter esse quadro preocupante e garantir a preservação dos recifes de coral para as futuras gerações.