Suprema Corte do Texas adia execução de homem condenado por síndrome do bebê sacudido após pressão bipartidária e evidências contestadas

A Suprema Corte do Texas tomou uma decisão de última hora que adiou a execução de Robert Roberson, que estava programada para a noite de quinta-feira, 17. Roberson seria a primeira pessoa nos Estados Unidos a ser executada por uma condenação de assassinato relacionada à “síndrome do bebê sacudido”. O caso envolve o assassinato de sua filha de 2 anos em 2002, e a decisão de adiar a execução veio após uma série de recursos legais e pressão pública.

O clima de incerteza que pairava sobre Roberson nas horas que antecederam a execução foi encerrado quando a Suprema Corte do Texas decidiu intervir. Roberson estava confinado perto da câmara de execução mais movimentada dos EUA, aguardando a confirmação de seu destino. A porta-voz do Departamento de Justiça Criminal do Texas, Amanda Hernandez, relatou que Roberson estava chocado com a notícia, expressando gratidão a Deus e aos seus apoiadores.

A aliança entre deputados republicanos e democratas foi crucial para sustentar a defesa de Roberson. Eles conseguiram adiar a execução emitindo uma intimação para que ele testemunhasse perante um comitê da Câmara na próxima semana. A atuação dos deputados foi um movimento inédito e se mostrou eficaz ao ganhar tempo para o caso.

O debate em torno da chamada “síndrome do bebê sacudido” foi trazido à tona com o caso de Roberson. Seus advogados e especialistas médicos argumentam que a condenação foi baseada em evidências científicas desatualizadas, e que a verdadeira causa da morte de sua filha foi uma pneumonia grave, não o suposto abuso.

A Suprema Corte dos EUA se recusou a suspender a execução de Roberson, mas a pressão dos legisladores estaduais e a intervenção da Suprema Corte do Texas foram cruciais para adiar a punição. A história de Robert Roberson trouxe à tona questões sobre justiça, evidências científicas e a aplicação da pena de morte nos Estados Unidos.

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