Diversas espécies marinhas estão sendo impactadas por essa poluição, com estudos indicando que 9 em cada 10 dos peixes consumidos globalmente já ingeriram plástico. No Brasil, espécies comerciais como tainha, corvina, dourada e camarão-rosa já foram encontradas com resíduos plásticos em seus sistemas gastrointestinais. A situação é ainda mais dramática, com dados revelando que 1 em cada 10 animais que ingeriram plástico acabam falecendo em decorrência desse problema.
Pesquisas também encontraram microplásticos em 98% dos peixes amazônicos analisados, bem como em 70% das tartarugas examinadas em diferentes regiões do país. Essa contaminação está diretamente relacionada à má gestão de resíduos sólidos urbanos, com rios sendo os principais emissores de plástico para os oceanos, contribuindo significativamente para a poluição marinha.
No Brasil, estima-se que um terço do plástico produzido anualmente acabe nos oceanos, com cada brasileiro contribuindo com 16 kg de resíduos plásticos por ano nesse cenário. Diante desse panorama preocupante, a necessidade de legislações mais rígidas para regular a produção de itens plásticos descartáveis e não recicláveis é evidente, visando reduzir a poluição marinha e proteger a fauna marinha.
A poluição por plástico também está sendo debatida globalmente, com a realização do Tratado Global Contra a Poluição Plástica, que reúne 198 países em negociações para combater esse problema. A conscientização sobre os impactos da poluição plástica na saúde humana e ambiental é fundamental, com a necessidade premente de reduzir a produção e o consumo excessivo de plástico, especialmente de itens descartáveis e desnecessários.