Entre os meses de julho e setembro deste ano, o garimpo resultou no desmatamento de 505 hectares em TIs como Kayapó, Yanomami, Munduruku e Sararé. Essa medição foi feita através de imagens de satélite dos satélites Planet Lab e Sentinel-2, revelando um aumento de 44,48% na área desmatada em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A TI Kayapó foi a mais afetada, com um aumento de 35% na área desmatada, totalizando 315 hectares. Já a TI Yanomami registrou a presença de 50 hectares de garimpo no último trimestre, representando um aumento de 32% em relação ao período anterior.
O Greenpeace apontou que as informações sobre o garimpo nessas TIs contrastam com dados divulgados pelo governo federal, que afirmou não ter identificado novas atividades ilegais em setembro. A organização destacou ainda a expansão do garimpo em territórios como o Parque Nacional Pico da Neblina, evidenciando a persistência do problema.
Além disso, houve um aumento de 34,7% na área devastada pelo garimpo na TI Munduruku, com 32,51 hectares desmatados no último trimestre. Na TI Sararé, a área atingida foi de 106,98 hectares, revelando uma escalada de violência no território.
Diante desse cenário preocupante, o Greenpeace ressaltou a necessidade de ações mais efetivas por parte dos órgãos competentes, como a Polícia Judiciária, Ibama e Funai. A reportagem entrou em contato com os ministérios responsáveis e aguarda retorno sobre as medidas adotadas para combater o garimpo ilegal nessas áreas vulneráveis.