A reforma, a primeira em mais de duas décadas, teve que receber aval do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, devido à estrutura do viaduto ser tombada. Em estado precário, o viaduto apresentava fissuras, infiltrações e corrosão nas estruturas metálicas, além de danos significativos nas pastilhas, muitas das quais estavam arrancadas ou quebradas devido ao desgaste.
Feito inicialmente para veículos na década de 1970, o viaduto teve não apenas sua estética recuperada, mas também passou por impermeabilização total da laje, restauração dos elementos arquitetônicos originais que estavam descaracterizados e substituição das pastilhas por novos exemplares idênticos aos originais.
O viaduto Santa Ifigênia, com 225 metros de extensão, conecta o Largo de São Bento à rua Santa Ifigênia e arredores, no chamado “centro novo” da cidade de São Paulo. A revitalização devolve à população um importante cartão postal da capital paulista.
A história do viaduto remonta a 1893, quando a necessidade de uma ligação entre o centro velho e o novo era evidente. Após longos anos de discussão e planejamento, as obras começaram em 1908 e foram executadas por Giulio Micheli. Todo o material utilizado na construção, em estilo art nouveau, foi importado da Bélgica, totalizando 1100 toneladas de estruturas metálicas.
Após sua inauguração em 1913, o viaduto passou por uma grande reforma em 1978, transformando-se em um calçadão e restringindo o acesso de veículos. Com a entrega recente após a restauração, o viaduto Santa Ifigênia volta a ser um marco importante na cidade de São Paulo, preservando sua história e estrutura para as gerações futuras.
