De lá para cá, o programa tem sido relançado em diversas cerimônias oficiais pelo Brasil, sendo que 17 delas foram consideradas como “lançamentos regionais” realizados em estados de todas as regiões do país. O custo das passagens e diárias relacionadas a esses eventos ultrapassou R$ 500 mil, conforme dados do Portal da Transparência.
A estratégia do governo em relançar o Pé-de-Meia em ano eleitoral levanta questionamentos, especialmente diante do cenário em que o Ministério da Educação ainda enfrenta dificuldades para retomar obras paradas na área da educação. Segundo informações divulgadas em abril, apenas 5% das 3.783 obras de educação básica paradas foram concluídas e 258 foram canceladas.
O programa Pé-de-Meia contempla os alunos beneficiários com uma bolsa mensal de R$ 200, além de uma poupança com depósitos anuais de R$ 1.000, que só poderão ser sacados ao final do ensino médio, caso o estudante permaneça na escola. A iniciativa também prevê um pagamento adicional para aqueles que participarem do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Com a expectativa de alcançar 2,5 milhões de estudantes beneficiados pelo Bolsa Família e mais 1,2 milhão de jovens de famílias inscritas no CadÚnico, o custo do programa para 2024 está estimado em R$ 8 bilhões. Ação essa que surgiu como uma promessa da ex-presidenciável Simone Tebet (MDB), agora ministra do Planejamento e Orçamento, durante a campanha eleitoral e que foi incorporada por Lula.
Em resumo, o relançamento do Pé de Meia se apresenta como uma estratégia política do governo para valorizar a educação e combater a evasão escolar, apesar das críticas em relação à sua execução e aos desafios na área educacional.