As autoridades locais agiram rapidamente após a morte da primeira criança, Manoela, no dia 7, e da segunda, Antonia, no dia 15. O delegado regional Cléber Lima, em entrevista exclusiva à Folha, revelou que a suspeita é de que as meninas tenham sido intoxicadas por algum tipo de medicação ou veneno. Os médicos que as atenderam no hospital também levantaram essa possibilidade.
Não foram encontrados sinais aparentes de violência nos corpos das crianças, mas ambas apresentaram quadros semelhantes de parada cardiorrespiratória. O Instituto Geral de Perícias ainda está elaborando um laudo para determinar a causa da morte, porém não há prazo estabelecido para a conclusão do mesmo.
Segundo o delegado Cléber Lima, a mãe das crianças havia sido internada por problemas psiquiátricos há cerca de 40 dias, retornando para casa apenas duas semanas antes das mortes das filhas. Ela não possui advogados até o momento e as investigações apontam para um quadro de delírio, relacionado a um filho que foi assassinado dois anos antes.
O comandante dos Corpo de Bombeiros Voluntários de Igrejinha, Graciano Ronnau, informou que o pai das crianças foi quem acionou o socorro nos dois casos. O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Igrejinha emitiu uma nota afirmando não ter recebido denúncias de maus-tratos envolvendo as gêmeas, mas que irá averiguar a situação com o conselho tutelar.
O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil, que busca esclarecer os detalhes dessa tragédia que abalou a pequena cidade de Igrejinha. A comunidade local está em choque com a notícia e espera por justiça para as duas crianças que tiveram suas vidas interrompidas de forma trágica.
