Progressão de regime de líder do PCC gera polêmica e críticas de senador Sergio Moro.

O senador Sergio Moro, do União-PR, fez duras críticas à decisão da Justiça de conceder regime semiaberto a Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, o segundo na hierarquia da facção criminosa PCC. Em seu pronunciamento nesta quarta-feira, Moro destacou que a progressão de regime é um benefício destinado aos presos que buscam a ressocialização e a reintegração à sociedade como cidadãos íntegros, afastando-se do mundo do crime.

Para o senador, é inconcebível conceder a progressão de regime a um condenado que ainda mantém vínculos com uma organização criminosa, como no caso de Fuminho, ligado ao PCC. Moro defende que líderes de organizações criminosas devem cumprir suas penas integralmente, em regime fechado, a menos que existam evidências concretas de que tenham se desligado da associação criminosa.

Além disso, Moro contestou a transferência de Fuminho de Brasília para o sistema prisional de São Paulo, argumentando que, com a concessão do regime semiaberto, não havia mais motivo para mantê-lo em presídios federais de segurança máxima. No entanto, o senador revelou que o juiz de execução penal em São Paulo discordou da decisão do juiz federal de Brasília, gerando um conflito de competências.

Diante disso, o senador considera que a recusa do juiz em São Paulo em receber Fuminho é a medida mais adequada, devido aos riscos que o criminoso representa para a segurança pública. Moro destaca a importância de preservar a integridade da sociedade e criticou a possibilidade de um líder de facção criminosa como Fuminho ser beneficiado com a progressão de regime.

O debate em torno do caso de Fuminho evidencia a preocupação do senador Sergio Moro com a segurança pública e a necessidade de garantir que os criminosos cumpram suas penas de forma integral e justa. Esta polêmica certamente continuará sendo discutida nos próximos dias nos meios políticos e jurídicos.

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